LITERATURA COMPARADA


Sobre a obra "Paraíso perdido" de Milton, considere as seguintes afirmações:

I. Milton se inspira na tradição clássica, épica, dos grandes poemas, para compor esta obra-­prima, em que trabalha, de forma admirável, os aspectos religiosos e filosóficos inerentes ao ser humano, quando da condenação de Adão e Eva, pelo pecado que cometeram, desobedecendo à vontade de Deus.

 

II. O autor, ateu, traçou uma crítica aos ensinamentos de Santo Agostinho e também da Igreja Católica.

 

III. Segundo a obra, Adão e Eva cometeram pecado ao transgredirem as normas de Deus, perdendo, assim, suas benesses. A partir deste momento, teriam de lutar pela vida.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):


I, somente. 


II e III. 


I e III. 


III, somente. 


I, II e III. 

Estudamos a literatura comparada em diferentes esferas, desde o seu conceito até a sua estruturação como disciplina e ainda, a sua aplicação prática. Nos roteiros de estudo, demonstramos que os textos, independente da época ou do autor, dialogam entre si, trazendo à tona distanciamentos e aproximações salutares para nossos estudos literários. Com base nisso, leia as afirmações a seguir:

I. A literatura comparada é simplesmente uma comparação simplista, na qual o estudioso traça dados específicos das obras analisadas e, por fim, transcreve-os para seus estudos. Não se pode, neste contexto, desenvolver novas esferas de estudo.

II. É possível fazer uma relação, através da prática comparativa,  com a cultura e outras obras de artes, tais como a pintura, artes plásticas e outras, analisando pontos que se referem ao significado, à autoria, e ainda aos aspectos ideológicos.

III.  Os estudos de literatura comparada não podem ser realizados em trabalhos de idiomas distintos, pois, inerente a este termos, aspectos culturais, distanciamentos e a gramática em si, são bastante diferenciados da literatura modelo, o que, com certeza, atrapalhará o processo. Em outras palavras, as obras a serem comparadas deverão sempre pertencer a um mesmo país, a um mesmo idioma. 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):


I, apenas.


III, apenas. 


I e II, apenas.


II, apenas.


I, II e III. 

Conforme estudamos, Clarice Lispector e Hilda Hilst delineiam alguns temas que se tornam presentes em quase todas as suas obras. Neste contexto, todas as alternativas abaixo estão corretas, exceto:


Imanência X Transcendência.


Realidade X Suspense.


Finitude X Eternidade.


Olhar X Pensamento.


Erotismo X Subjetividade. 

As duas narrativas "A obscena senhora D" e "A paixão segundo G.H", possuem inúmeros pontos em comum. A seguir, você deverá marcar a alternativa que melhor se relaciona com a  seguinte proposição :

"A obscena senhora D" e "A paixão segundo G.H".



Ambas as personagens são designadas por iniciais, no entanto  possuem uma cosmovisão completamente distinta.


Segundo estudiosos, não há relação entre as características das personagens referidas.


Não apenas ambas as personagens são designadas por iniciais, como também possuem uma cosmovisão semelhante.


A primeira personagem é mais realista. A segunda é completamente sonhadora. 


Na verdade, a paixão segundo G.H se refere a um lugar. Já em a obscena senhora D., percebe-se uma visão completamente inverossímil em relação à vida.

Para responder à questão, leia atentamente o trecho a seguir, retirado do livro A obscena senhora D, de Hilda Hilst:

 

"Quando Ehud morreu, morreram também os peixes do aquário, então recortei dois peixes pardos de papel, estão comigo aqui no vão da escada, no aquário dentro d'água, não os mesmos, a cada semana recorto novos peixes de papel pardo, não quero mais ver coisa muito viva, peixes lustrosos não, nem gerânios, maçãs, romãs, nem sumos, suculências, nem laranjas." (HILST, 1986 p. 62).

 

Na poesia de Hilda, podemos perceber que o nada se identifica, muito amiúde, com a morte. Além dessa consideração, podemos afirmar também que:


Podemos antever nas cenas em que a senhora D recorta peixes de papelão, a tentativa de Hilda demonstrar que sua personagem sofre e, ainda, impõe uma dura realidade para que sofra ainda mais em sua vida. O sofrimento é uma benção.


Hilda deixa transparecer a suas personagens um aspecto de que a perda é algo irreparável, logo, após a perda de um ente querido, todas suas personagens beiram a loucura.


Neste trecho, Hilda tenta tornar o nada assimilável. Mesmo sendo o caos absoluto, a alteridade intransponível, o nada é lentamente assimilado, numa tentativa estoica de tornar familiar o grande absurdo da existência humana.

Neste trecho, Hilda tenta conceituar o "nada", dando-lhe formas e características típicas baseando-se na teoria de Sigmund Freud.


A morte, segundo Hilda é tudo, ou seja, vivemos a vida apenas esperando a morte. 

Ode Descontínua para Flauta e Oboé

 

De Ariana para Dionísio

 
II

Porque tu sabes que é de poesia
Minha vida secreta. Tu sabes, Dionísio,
Que a teu lado te amando,
Antes de ser mulher sou inteira poeta.
E que o teu corpo existe porque o meu
Sempre existiu cantando. Meu corpo, Dionísio,
É que move o grande corpo teu.

 

Ainda que tu me vejas extrema e suplicante
Quando amanhece e me dizes adeus.

 

De acordo com a leitura do fragmento e do capítulo estudado, assinale a alternativa incorreta sobre Hilda Hilst:


A poesia de Hilda Hilst é uma fecunda celebração do amor.


Hilda Hilst expressou a epifania do amor em poemas inovadores quanto à temática.


Apesar de ser existencialista, Hilda também expressou, em sua poesia, uma grande preocupação com o destino social do homem.


Hilda Hilst escreveu apenas teatro e poesia.


A poesia de Hilda Hilst é marcada por uma profunda preocupação metafísica.

Em Paraíso perdido, Milton se inspira na tradição clássica, épica, dos grandes poemas, para compor esta obra-prima. Das afirmações a seguir, todas estão corretas, exceto:  

Milton edifica, segundo suas convicções, e os ensinamentos de Santo Agostinho, um poema que deixa transparecer que na obra de Deus só existe o bem, e o mal é a perversão desse bem.


Milton, nesta obra, não trabalha os aspectos religiosos e filosóficos inerentes ao ser humano.


Paraíso Perdido trabalha a relação entre o bem e o mal, evidenciando que a felicidade provém da obediência a Deus e a desobediência pode levar à queda.


Inspira-se no Gênesis, demonstrando preocupação de ordem puritana. Satanás, sabendo que uma nova raça irá ocupar o lugar dos anjos rebelados, resolve agir.


Milton, nesta obra, trabalha os aspectos religiosos e filosóficos inerentes ao ser humano.

Dante, na sua Comédia, agraciou­-nos com a mais contundente descrição do Inferno e seus horrores. Com base nisso, considere as seguintes proposições:

I. Observa- ­se  que  o  autor  dá  atenção  especial  à  relação  entre  a descrição  do  Inferno  juntamente  com  os  “novos  habitantes”,  os pecadores. Aí está um fato distinto: Dante nomeia, à medida que os vê, na sua viagem pelo Inferno em companhia de Virgílio, as pessoas  com  quem  conviveu,  ou  conheceu,  além  de  relacionar os  pecados  que  cometeram  durante  sua  caminhada  pela  vida terrena.

II. Apenaeraatribuídas   conforme  a  gravidade da  transgressão  cometida.  As penas  não  seriam  iguais.  Os  pecadores  pagariam  pelos  seus pecados  diferentemente  um  do  outro.

III. Dante descreveu o inferno da mesma maneira que o paraíso. o grande impacto da obra está justamente neste onto, pois o verdadeiro inferno descrito por Dante, está em nós mesmos. 


Está(ão) correta(s) as proposição(ões):

 


I, II e III.


Somente a proposição I. 


II e III. 


I e II.


I e III.

Sobre a obra Paixão segundo G.H, de Clarice Lispector, Maque V (verdadeiro) ou F (falso):

(  ) No fluxo de consciência temos um intimismo intenso, uma atmosfera mais próxima dos sentimentos, das emoções do narrador. É o caso, por exemplo, do romance A paixão segundo G. H.

(  ) A personagem (G.H) age por um saber materialista, em muitos momentos, concreto. Não há, de forma alguma, paradoxos ou elucidações sobre a vida humana.

(  ) O livro propõe, em suas elucidações,  uma reflexão sobre a intensidade do mundo, as pressões capitalistas, e ainda, a ignorância do ser humano.

(  ) Em A paixão segundo G.H., há momentos de pura prosa filosófica. É o instante em que a protagonista deixa de situar o leitor no espaço romanesco, para jogá-lo, sem proteção, em indagações inquietantes, vertiginosas, não raro angustiantes.

Assinale a alternativa que contempla a sequência correta.

 


V, F, F, V.


V, F, F, F.


V, V, V, F.


V, V, F, V.


F, F, V, V.

Leia o trecho abaixo. Em seguida, marque a alternativa que melhor completa os espaços em branco.

Tanto Hilda como Clarice foram atormentadas por questões existenciais. Nas obras das escritoras, podemos encontrar momentos de plenitude. Muitos críticos intitularam tais instantes de ________________________. No _________________________, temos um intimismo intenso, uma atmosfera mais próxima os sentimentos, das emoções do narrador. É o caso, por exemplo, do romance Paixão segundo G.H, de Clarice Lispector.


Epifania – imaginário.


Processos simbólicos – inconsciente.


Epifania – Fluxo de consciência.


Fluxo de consciência – momento de Epifania.


Inconsciência – processo de Epifania.

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